Análise de umidade em alimentos: importância, métodos e padrões regulatórios 

Mais do que um parâmetro técnico, a umidade dos alimentos é um indicador essencial de qualidade. Ela revela aspectos diversos, como vida útil e segurança biológica. 

Um simples erro no controle de umidade, pode comprometer toda a cadeia. Neste artigo, vamos explorar os principais métodos de análise, como interpretar os resultados e quais padrões regulatórios precisam ser seguidos de acordo com a Anvisa. 

O que é o teor de umidade em alimentos e por que ele importa 

O teor de umidade em alimentos é a quantidade de água presente em uma formulação. Ele impacta diretamente em fatores como: 

  • Vida útil: O excesso de água favorece o crescimento microbiano e reduz o shelf life. 
  • Textura e sabor: Afeta os aspectos sensoriais, como a crocância, maciez e o sabor. 
  • Segurança alimentar: A porcentagem inadequada de umidade contribui para um maior risco de contaminação. 
  • Valor nutricional: A perda de água pode alterar nutrientes e comprometer a estabilidade.  

Requisitos regulatórios da Anvisa 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabelece padrões específicos de teor de umidade em alimentos para diferentes categorias de produtos. Esses limites auxiliam na padronização das formulações e na segurança no geral. 

Não atender a esses parâmetros pode resultar em não conformidades, recolhimentos de produto e prejuízos para a marca. 

Limite de umidade na prática 

Os percentuais de água em cada alimento variam conforme sua categoria. A Anvisa, por meio dos Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQs), estabelece limites específicos. A umidade máxima permitida para farinha de trigo, por exemplo, é de 15%, em massas alimentícias secas é de 13%, e em queijos duros, como o parmesão, não pode ultrapassar 35%. 

Ignorar ou não atender a esses padrões pode gerar prejuízo. Frequentemente acontece o recolhimento de lotes de alimentos variados no Brasil por apresentarem teores de umidade acima do permitido. Além da perda financeira com o descarte, tais ocorrências afetam a reputação da marca no mercado. Monitorar e controlar rigorosamente a umidade é uma prática estratégica para qualquer indústria de alimentos que busca competitividade. 

Métodos e testes para medir umidade  

Existem diferentes formas de realizar a análise de umidade em alimentos. A escolha depende do tipo de produto, do nível de precisão desejado e dos recursos do laboratório. 

Secagem em estufa (gravimétrico) 

A secagem em estufa é uma das técnicas mais tradicionais e utilizadas para determinar a umidade em alimentos. O processo consiste em aquecer a amostra até que toda a água seja evaporada, permitindo calcular a diferença de massa antes e depois da secagem.  

Trata-se de um método simples, amplamente aceito como referência oficial em análises laboratoriais. Porém, durante o aquecimento, alguns compostos voláteis também podem ser perdidos junto com a água, o que pode gerar distorções nos resultados. 

Infravermelho 

Nesse processo, a amostra é exposta à radiação infravermelha, que aquece o material e acelera a evaporação da água. É uma técnica que se destaca pela agilidade e facilidade de execução, sendo especialmente útil em análises de rotina.  

Em alimentos com alto teor de umidade ou em matrizes mais complexas, a precisão pode ser comprometida, o que exige cautela na interpretação dos resultados. 

Titulometria (Karl Fischer) 

A titulometria Karl Fischer é considerada um dos métodos mais precisos para determinação do teor de umidade em alimentos. Baseia-se em uma reação química específica que quantifica diretamente a água presente na amostra, oferecendo resultados confiáveis mesmo em níveis muito baixos de umidade.  

É amplamente utilizada em produtos como óleos, chocolates e outros alimentos com baixo teor de água. Apesar de sua alta precisão, o método envolve custo elevado, demanda reagentes específicos e requer maior cuidado técnico na execução das análises.  

Desafios e problemas comuns na análise de umidade 

Mesmo com métodos estabelecidos, alguns desafios são recorrentes para as equipes de P&D: 

  • Variação nos resultados devido à escolha inadequada do método ou preparo incorreto da amostra. 
  • Dificuldade de padronização entre lotes. 
  • Impacto em novos produtos: no desenvolvimento de formulações, a instabilidade de umidade pode comprometer shelf life, textura e aceitação do consumidor. 

Esses problemas reforçam a importância de investir em boas práticas de análise, treinamento de equipe e uso de tecnologias adequadas. 

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